quarta-feira, 30 de maio de 2012

O Estado Maior da Mídia

sábado, 26 de maio de 2012

MTV transmite Tributo à Legião Urbana ao vivo

Postado Portal MTV // MTV Ao Vivo, Legião Urbana

A MTV Brasil vai transmitir o Tributo à Legião Urbana ao vivo, na próxima terça (29), a partir das 20h. No tributo, o ator e cantor Wagner Moura subirá ao palco junto com Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá em um show exclusivo promovido pela MTV.
A partir das 20h de terça-feira (29), flashes ao vivo invadem a programação, diretamente dos Espaço das Américas, mostrando como estão os últimos preparativos para o grande show.
Às 21h15, será exibido o Making Of MTV ao Vivo - Tributo MTV à Legião Urbana, programa que invadiu os ensaios e  mostra como Wagner, Dado e Bonfá se prepararam para o show, com depoimentos, histórias, expectativas, trechos de músicas e muita emoção!
O Aquecimento começa às 21h45 e os VJs Daniella Cicarelli, Thunderbird e China vão conversar com o público e os convidados do show, ao vivo direto do Espaço das Américas.
A exibição do show MTV ao Vivo - Tributo à Legião Urbana começa às 22h, e terá 1h40 de duração. Ao fim do show, China corre para os bastidores e faz uma entrevista exclusiva e ao vivo com Wagner Moura, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá. Você não pode perder, né?
MTV ao VivoData: 29 (esgotado) e 30 de maio
Abertura da casa: 21h
Local: Espaço das Américas - Rua Tagipurú, 795 - Barra Funda - São Paulo
Valor do ingresso: R$ 200 (inteira) e R$ 100 (meia)
Classificação indicativa: 18 anos (acima de 12 anos acompanhado dos pais ou responsáveis)
Venda de Ingressos:Ticket 360 - www.ticket360.com.br
Entrega: Serviço de entregas em todo o território nacional em até 2 dias uteis
Forma de Pagamento : Visa/Master/Dinners/Amex
Will Call: Retirada na Bilheteria, somente nos dias do evento
Call Center:
Das 09:00 as 21:00 de Segunda à Sábado
São Paulo Capital (11) 2027-0777
Demais Cidades e Outros estados 4003-5559 (Número Nacional, o cliente não paga interurbano)
Entrega: Serviço de entregas em todo o território nacional em até 2 dias uteis
Formas de Pagamento : Visa/Master/Dinners/Amex e Transferência Eletrônica
Serviço de Motoboy Express para Capital e Grande São Paulo
Formas de Pagamento : Visa/Master/Dinners/Amex e Transferência Eletrônica/Dinheiro
Bilheteria Espaço das Américas: (Sem Taxa de Conveniência)
Das 9h às 18h, de Segunda á Sábado
Formas de Pagamento : Visa/Master/Dinners/Amex/Dinheiro

domingo, 20 de maio de 2012

Como o crime organizado faz jornalismo

Editorial do jornal Brasil de Fato:

A Operação Monte Carlo, desencadeada pela Policia Federal (PF) para desbaratar a quadrilha comandada pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira, já é merecedora de um mérito: publicizou o conluio de setores da grande mídia com o crime organizado para alcançar objetivos econômicos e políticos.

As investigações da PF, com informações documentadas e já amplamente divulgadas, atestam que o bicheiro utilizava a revista Veja, do grupo Abril, para disseminar perseguições políticas, promover suas atividades econômicas ilegais, chantagear, corromper e arregimentar agentes públicos. A revista se prestava a esse esquema de coação e chantagem do bicheiro.

Em troca, a revista da família Civita recebia do contraventor informações, gravações e materiais – na maioria das vezes obtidas de formas criminosas – que alimentavam as páginas da publicação, para destilar seu ódio e preconceito contra seus adversários políticos, principalmente os do campo do PT.

A aliança da revista Veja com o crime organizado rendeu denúncias que reverteram em ganhos econômicos para a organização criminosa de Carlinhos Cachoeira e seus aliados políticos – os contratos da construtora Delta com governos estaduais precisam ser profundamente investigados – e se constituíram em instrumento de pressão e amedrontamento de autoridades públicas. Dessa forma, consolidaram um esquema criminoso, milionário, com ramificações privadas e públicas, nas três esferas da República.

O conluio, mais do que reportagens jornalísticas, rendia conspirações políticas e econômicas.

O acinte à democracia do país alcançou ao nível de planejar a desestabilização e queda do presidente Lula e da presidenta Dilma Rousseff. Enquanto Carlinhos Cachoeira e o senador Demóstenes (ex-Dem) gargalhavam por fogo no país, a revista projetava o senador como o prócer da moralidade pública, com perspectivas de vir a ser candidato à presidência da República. Era o crime organizado, com a participação do Grupo Abril, tramando desestabilizar governos e tomar conta da máquina estatal.

No entanto, a revista Veja era pequena e insignificante para os objetivos que o conluio se propunha alcançar. Precisava de ajuda. Os telejornais da Rede Globo se prestaram a dar a ajudava de que necessitavam. Com sua peculiar e esculachada crítica, o jornalista Paulo Henrique Amorim sintetiza a mútua ajuda que se estabeleceu: “O Jornal Nacional não tem produção própria. A revista Veja não tem repercussão nacional. O crime organizado se organiza na Veja e se expande no Jornal Nacional”. Em um jornalismo sem ética, sem compromisso com a verdade e interesses públicos, que se dane a verdade factual. O que interessa, para esse tipo de jornalismo, é a versão dos fatos que atendam aos interesses dos que mantém o monopólio da informação.

Sempre que é questionada por praticar esse tipo de jornalismo, a mídia se defende afirmando que tem a capacidade de se autorregulamentar. O conluio Veja-crime organizado sepultou essa tese. Até esse momento impera o silencio da mídia burguesa sobre os vínculos da revista com a organização criminosa do bicheiro.

O jornalista Jânio de Freitas, um dos mais renomados colunistas da Folha, fez uma detalhada radiografia da organização montada pelo contraventor e suas extensas ramificações. Não disse uma única palavra das suas ramificações com a mídia. Mais do que escreveu, a sabuja lacuna do seu artigo evidenciou o medo que impera entre o patronato da grande mídia e a capacidade desse lamaçal engolir, inclusive, jornalistas decentes.

Ao pacto de não noticiar a promiscuidade do grupo Abril com o crime organizado juntam-se, agora que a CPMI está instalada, os esforços para evitar que os que se beneficiaram com a organização criminosa do Carlinhos Cachoeira sejam convocados a dar explicações no Congresso Nacional e para sociedade.

O deputado federal Miro Teixeira (PDT/RJ) articula um pretexto jurídico para impedir a convocação de jornalistas e proprietários das empresas de comunicação envolvidas nas atividades criminosas do bicheiro.

Um dos mais altos executivos do grupo Abril já perambulou pelos corredores e gabinetes do Congresso numa tentativa de evitar que seu patrão, Robert Civita, tenha que prestar esclarecimentos na CPMI. A Globo, fato noticiado, enviou um mensageiro para informar (ou seria ameaçar?) o Palácio do Planalto: se o empresário Robert Civita for convocado pela CPMI, os meios de comunicação declaram uma guerra sem limites contra o governo.

É de lamentar que a Rede Globo não tenha a coragem de publicar essa posição política nos editoriais dos seus jornais e divulgá-la em seus telejornais.

Caso os parlamentares da CPMI se rendam às pressões dos grupos empresariais da mídia, estarão sendo coniventes com práticas criminosas e institucionalizado duas categorias de cidadãos nesse país: os que podem ser convocados para depor numa CPMI e os que não devem ser convocados.

Há um enorme volume de informações e provas que atestam que setores da mídia estão envolvidos com atividades de organizações criminosas e que atentaram contra a democracia do nosso país. É inadmissível que os que participaram ativamente na organização criminosa, e dela se beneficiaram, não sentem no banco dos réus alegando, unicamente, a condição de serem patrões.

O Congresso Nacional instalou, atendendo os anseios da sociedade, uma CPMI para investigar as atividades do crime organizado com suas ramificações na mídia e nas três esferas da estrutura do Estado. Os parlamentares que compõe essa CPMI tem a responsabilidade de não frustrar a sociedade, apurar os fatos com profundidade e criar as condições para que seus responsáveis prestem contas à justiça, além de legar ao país uma legislação que, ao menos, iniba essa prática de jornalismo associado com o crime organizado. A Lei dos Meios de Comunicação é cada vez mais necessária e inadiável.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

O Ministério Público Federal pediu à Justiça Federal que embargue as obras do BRT em Belém: Irregularidades na obra são tantas – apontadas por MPF, DNIT e TCU

Foto Rui Baiano Santana

Irregularidades na obra são tantas – apontadas por MPF, DNIT e TCU – que só a paralisação imediata para solução dos problemas pode garantir a conclusão do trabalho
O Ministério Público Federal pediu à Justiça Federal que embargue as obras do BRT em Belém e obrigue a prefeitura a apresentar um planejamento para diminuir os transtornos causados à população. O MPF já tinha entrado com uma ação judicial apontando as fraudes na licitação e pediu que a mesma vara judicial que suspendeu o repasse de verbas federais no primeiro processo julgue o pedido de embargo.
“O MPF não questiona a importância da obra para a população de Belém, mas afirma que mesmo as obras benéficas à população trazem inconvenientes durante sua execução e, por isso, o planejamento é fase essencial em qualquer obra”, diz a ação judicial. Para o MPF, a Prefeitura de Belém não deu a devida importância ao planejamento da obra de implantação do BRT. 
“Enquanto durarem as obras, dois dos principais corredores de trânsito da cidade ficarão parcialmente interditados, dificultando o fluxo de veículos, sem que tenham sido viabilizados caminhos alternativos ou qualquer outro tipo de medida capaz de diminuir, de fato, os impactos negativos da obra”, dizem no pedido os procuradores da República Daniel Azeredo Avelino, Bruno Valente e Felício Pontes Jr.
O MPF inclusive aponta a conclusão do prolongamento da Avenida João Paulo II como providência prévia necessária, pois facilitaria a entrada e saída de veículos da cidade.
A falta de planejamento do BRT já vem causando grande impacto na vida dos cidadãos, que nos últimos meses passaram a enfrentar congestionamentos diários de mais de 2 quilômetros, porque a obra interdita parcialmente a principal via de ligação entre Belém e as demais cidades da Região Metropolitana.
Outra evidência da pressa injustificada é o fato da prefeitura ter colocado irregularmente tapumes no complexo do Entroncamento, área que pertence à União e é administrada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. 
Só depois que o DNIT questionou oficialmente o procedimento é que a administração municipal encaminhou o projeto do BRT para apreciação, visando a assinatura de convênio. “Trata-se de uma completa inversão da ordem a ser seguida em situações dessa natureza, agravada ainda pelo fato de que, em vistoria posterior, o DNIT constatou o prosseguimento das obras, mesmo com o Projeto Executivo ainda em análise pela Diretoria de Infraestrutura Rodoviária em Brasília”, registra o MPF.
A ausência de planejamento fica evidente ainda no fato de que a licitação foi feita em janeiro de 2012 sem que o financiamento do projeto estivesse definido, já que foi apenas no último dia 24 de abril que o Ministério das Cidades anunciou a liberação de recursos. Apesar do anúncio de recursos, até agora eles não foram repassados, por isso o MPF não considera que o Ministério das Cidades desobedeceu a ordem judicial em vigor, que proíbe o repasse de verbas federais. 
Para piorar o quadro, após receber representação do MPF, o Tribunal de Contas da União se pronunciou sobre a licitação, confirmou todas as irregularidades e determinou que até o projeto básico do BRT terá que ser refeito. Para os procuradores da República responsáveis pelo caso, só a paralisação das obras e a solução imediata de todas as irregularidades apontadas vai garantir a conclusão do empreendimento.
“A forma como o BRT está sendo executado é juridicamente insustentável e seguir com o trabalho vai significar apenas transtorno inútil para a população, já que ele não poderá ser financiado ou concluído da maneira que está”, diz o procurador Daniel Azeredo Avelino.
O MPF sugere à Justiça que a solução dos problemas da obra está ao alcance da Prefeitura de Belém: “ainda pode reverter a situação, realizando um novo processo licitatório, desta vez de acordo com o que determina a legislação pertinente, e com isso conseguir até mesmo uma redução nos custos do projeto, de modo que os recursos excedentes possam ser aplicados em outras áreas críticas, como saúde e educação”.
Além disso, um melhor planejamento pode evitar intervenções ilegais em área federal caso do Entroncamento e garantir alternativas de escoamento para não penalizar os cidadãos no momento das obras.

Íntegra da ação

Número na Justiça Federal: 13398-66.2012.4.01.3900

Acompanhamento processual

domingo, 13 de maio de 2012

Programa Navega Pará seleciona monitores

Sexta-Feira, 11/05/2012, 08:04:52 - Atualizado em 11/05/2012, 08:04:52
 
O Governo do Estado do Pará, por intermédio da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), abre inscrição para seleção de Monitores de Infocentros do Programa de Inclusão Digital Navegapará, são 139 vagas para cadastro de reserva.
Os candidatos selecionados no âmbito desta chamada receberão bolsas concedidas pelo Banco do Estado do Pará (Banpará) e pela SECTI. O candidato poderá realizar inscrição para concorrer às vagas dos Infocentros instalados no bairro ou em bairro próximo a sua residência, até às 14h do dia 31 de agosto de 2012.
O candidato deverá optar por apenas um Infocentro quando do preenchimento Ficha de Inscrição do Candidato Bolsista, entregando a mesma com os documentos comprobatórios exigidos no protocolo da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação - SECTI, localizada na Avenida Presidente Vargas, 1020, Bairro da Campina, Belém-PA, CEP 66.017-000, das 8h às 14h, ou via Correio/Sedex. Outras informações pelo site www.secti.pa.gov.br ou pelos fones (91) 4009-2500 / 2540. (Diário do Pará)

sábado, 5 de maio de 2012

Pensamento Crítico - Paul Singer - A iniciativa que veio do Himalaia

O PIB é o grande objeto de desejo das forças que governam nações. Ele é a somatória das transações -compras e vendas- realizadas nos mercados de um país em um ano. Como a grande maioria dos bens e serviços produzidos se destina à venda, o valor de todas as transações corresponde ao total de mercadorias produzidas.

De um modo ou outro, as mercadorias produzidas são transacionadas e passam a satisfazer necessidades e desejos dos que as adquiriram. Daí a noção de que o PIB mede a riqueza produzida, que ao ser consumida passa a ser a causa eficiente do bem-estar da população.
Daí a importância econômica e política do PIB e de sua variação anual, pela qual se mede o sucesso ou o fracasso dos governos. Se não for o único medidor, é certamente um dos mais importantes. Por isso, as nações se esforçam pela expansão perene e intensa de seu PIB.

Mas, apesar de seu prestígio, o PIB, enquanto medidor indireto de bem-estar, tem lacunas. A primeira é não incorporar o desgaste de recursos naturais, porque ninguém precisa pagá-lo.
Evidentemente, se a terra sujeita a sucessivos plantios e colheitas perde a fecundidade, alguém pagará no futuro.
 
O mesmo vale para o esgotamento de jazidas de petróleo, de minerais e da extinção de espécies de peixes e outras prendas da natureza. Essa lacuna do PIB se torna mais grave quando a humanidade se defronta com os efeitos acumulados do consumo de combustíveis fósseis, que agravam o efeito estufa, aquecendo o planeta e trazendo calamidades.

O PIB, além de não medir o custo da perda dos recursos naturais, contabiliza como positivos os gastos das nações para lutar contra desastres naturais como incêndios florestais, poluição de oceanos por derramamentos de petróleo, terremotos e maremotos.

Quanto mais desastres um país sofre, mais o seu PIB aumenta, de modo que o seu crescimento às vezes não representa o aumento do bem-estar do povo, mas a redução. A outra lacuna do PIB é que ele ignora a forma como os produtos são distribuídos entre a população.

Para medir a contribuição do PIB ao bem-estar popular, o seu valor é dividido pelo número de habitantes do país - daí o PIB per capita, que pressupõe que todos participam dele por igual, o que nunca ocorre. No capitalismo neoliberal hoje prevalecente, a desigualdade de renda está em aumento: os pobres, em sua maioria, ficam mais pobres, e os ricos ficam ainda mais ricos.

Por causa dessas falhas do PIB, ganha importância a iniciativa do Butão, um pequeno reino no Himalaia, que no ano passado propôs à Assembleia Geral da ONU que a contabilidade nacional adotada pelas nações substitua o PIB pelo FIB, a Felicidade Interna Bruta, que o próprio Butão adota desde 2008.

O FIB foi construído para medir com exatidão a variação da felicidade da população. Após diversas consultas à população, os cientistas concluíram que a felicidade pode ser medida pelo grau de suficiência em nove áreas: bem-estar psíquico, saúde, uso do tempo, educação, diversidade cultural, boa governança, vitalidade comunitária, diversidade ecológica e padrões de vida.

O governo do Butão chegou à seguinte compreensão de felicidade: "Sabemos que a felicidade verdadeira, fiel a si mesma, não pode existir enquanto outros sofrem. Ela provém apenas de servir aos outros, vivendo em harmonia com a natureza".

Em julho de 2011, o reino do Butão apresentou à Assembleia Geral da ONU, com o apoio de 68 nações, uma proposta de resolução sobre "Felicidade: por uma abordagem holística ao desenvolvimento", que foi adotada por unanimidade pelos 193 países-membros da ONU. Essa resolução urge uma abordagem mais inclusiva, equitativa e equilibrada, que promova o desenvolvimento sustentável, erradicação da pobreza, felicidade e bem-estar de todos os povos.

PAUL SINGER, 80, é secretário nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego. Foi secretário municipal do Planejamento de São Paulo (gestão Luiza Erundina)

Fonte: Folha de São Paulo (29/04/2012)